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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A minha verdade sobre a verdade que me envolve.



Eu quero que a unica coisa vazia na minha vida seja a minha pele, o meu estomago.
Sinto que as camadas de gordura me afastam do que eu realmente sou aqui dentro.
Minha alma é magra, meu espirito é leve, meu corpo pesa, pesa muito...
Eu olho pra mim e não me enxergo, tento negar que eu sou assim...
Mas não adianta, o espelho, os outros... sempre afirmam minha realidade.
Meu peso, meu peso interno que eu levo no externo, no externo de mim.
Cada camada de gordura me sufoca a alma, faz com que minha respiração pese.

Só queria sentir o ar entrar e sair dos meus pulmões enquanto uma dorzinha confortante estivesse em meu estomago.
A perfeição parece tão longe que a vontade que eu tenho é de nascer de novo.
Mas não dá, essa é a unica vida que eu tenho e eu tenho que lutar.
Por que eu não quero morrer assim, em um caxão grande, com roupas largas.
Com o medo de nunca alguém me amar, das pessoas falarem mal de mim, de eu nunca me aceitar...
de nunca ser vista como as outras mulheres são vistas.
De ser sozinha sempre, refletindo essa gelatina amarela, que me envolve, que me sufoca.
Que me proíbe de ser feliz.

Eu quero a fome, eu quero só água, eu quero a dor que me levará a algum lugar.
Eu quero chorar, mais eu quero que o único vazio que me envolva não seja o que o eu sinto no coração,
eu quero que o único vazio que me envolva seja o da pele com os ossos, do estomago vazio,
Eu quero um coração
 Cheio de sonhos, de amigos, de sorrisos.
Eu quero a minha aceitação

Parece impossível mas o impossível mesmo é eu querer desejar passar toda a minha vida dentro dessa gordura que me envolve.
Que me absorve, que me consome, e que me afasta...
Me afasta de mim.


(Por mim, para mim e para todos que sentem essa dor que é de está longe de si.)

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